Olá Leitores!
De várias pautas identitárias importantíssimas, há uma pauta-mãe que entrelaça toda e qualquer causa de luta como uma causa maior - a consciência de classe.
Classes sociais são expressões da exploração, dominação e desigualdade impostas pelas relações econômicas do modo de produção capitalista. A consciência parte do nosso entendimento de nossa condição de exploração, onde a partir dela, nos comprometemos a uma luta em comunidade contra a classe dominante.
Por que isso é importante em 2020? O sistema financeiro brasileiro é montado em cima de transferência de renda de quem trabalha e produz para uma classe elitista branca, bem remunerada que quase não paga imposto. Para se ter noção do tamanho do problema, na ponta, um trabalhador comum com acesso a um cartão de crédito, paga em torno de 300% de juros. Condições de empréstimos se tornam tão desiguais quanto as do cartão. Atualmente temos cerca de 63 milhões de pessoas com nome no SPC/SERASA, enquanto bancos e Empresas privadas tem suas dividas milionárias e bilionárias perdoadas através do REFIS. Num país onde o rombo das contas públicas é agravado por empresas privadas, é ao trabalhador vulnerável a quem é imputado o pagamento de tal perversidade. Mas, aqui, exatamente neste ponto, caro leitor, somos arrebatados para a realidade brasileira que conta com metade da população do Brasil vivendo na informalidade, com cerca de R$ 500,00 ao mês pra pagar aluguel, pagar transporte, botar comida na mesa e dar de vestir a família. De famílias de mães solteiras que ganham a vida trabalhando como doméstica mais de um período, onde não é oferecido nenhum amparo governamental, de entregadores de aplicativos de comidas que se sujeitam às barbáries do transito arriscando a vida para fazer quase 150 corridas por R$ 100,00. É aqui onde é importante ressaltar a consciência de classe, porque exatamente aqui nesse ponto entra o pior e mais perigoso tipo de discurso, que é audível pra uma população massacrada, dito por uma elite de empresários por todos os meios de comunicação que nos cerca - a PSEUDOELEGÂNCIA.
Talvez vocês estejam se perguntando o que é isso. Pois bem, A Pseudoelegância é uma abstração da realidade, onde se vale de fatos sociais aplicados a uma elegância discursiva distorcida para mudar o foco socioeconômico da falta de escrúpulos especulativos. Aplicado à realidade acima, a elite branca, bem remunerada que quase não paga imposto olha pro rombo das contas públicas atribui como causa as políticas publicas para comunidades, encargos trabalhistas, politicas cambiais, condições de abertura de empresa, tamanho do Estado brasileiro e outros termos que soam bonito, sendo que induzem a quem os assiste e ouve a acreditar que: Se um entregador de comida faz 150 corridas pra tirar 100 Reais líquido por vários motivos de exploração empresária e desses R$100,00 ele tem que colocar pelo menos R$ 40,00 de combustível para que ele continue a rodar, ele é o culpado do alto imposto sobre a gasolina, que ele é o culpado do país ter capacidade de refino de combustível parada pra vender o bruto que produzimos em real e comprar em dólar, quase 6 vezes mais caro do que vendemos, que esse cidadão é o culpado do cartel de 5 bancos concentrando 85% do capital empurrando altas taxas de juros, que esse cidadão é responsável por todas essas e muitos mais mazelas de má gestão e corrupção, bem como perdão de dívidas previdenciárias entre outras, que faz tudo ser revertido na conta da pessoa de renda média a mais de 60% de impostos. Sendo que por Lucros e Dividendos, e maiores riquezas, onde o Epicentro do capitalismo - EUA - cobra 40% em cima dos ricos, aqui, o projetinho neobileral de EUA, deixa de cobrar tais impostos, em companhia somente da Estônia.
A Pseudoelegância produz um discurso feroz que produz ícones e peças do baronato que mantém as estruturas de transferência de renda em linha, que desune a base explorada e faz com que parcela dessa base explorada compre esse discurso falido de agenda de privatizações, aumento de impostos sobre quem produz e trabalha, de que o faz optar entre menos direitos e empregos ou manutenção de direitos e nenhum emprego, que provoca um radicalismo que passa por cima de todas as atrocidades cometidas pela elite desde a colonização, inventando novas formas de escravidão e de neocolônias capitalistas. Aqui, nesse ponto final fica a consciência de classe como meio de luta comum contra um sistema explorador, contra um cabide político sem representatividade que busca calar a todo custo uma classe média que sonha em ter uma vida melhor um dia.
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